terça-feira, 18 de novembro de 2008

Eu compraria um celular com senha de acesso, e você?

Trair não é exatamente tão simples quanto algumas pessoas imaginam. É claro que como tudo na vida existem variáveis que influenciam direto no grau de dificuldade de se praticar algo assim. Ter uma namorada tapada ajuda. Ter uma que lhe chifra mais do que você a chifra também. Viajar muito a trabalho, ter um emprego que lhe faça REALMENTE ter um horário desconexo, namorada médica plantonista, enfim, existem realmente muitas variáveis. Agora, convenhamos, a tecnologia é, sem dúvida, uma inimiga ferrenha do chifre.

Tenho amigos (cof, cof) que dominam várias técnicas do chifre, algumas comuns, algumas espantosas. Outro dia soube de um que dizia as amantes que adorava mulher com perfume masculino e a presenteava com o perfume que costuma usar em casa, ou seja, ao chegar da farra nada de cheiros estranhos na roupa. Mas, acreditem, não importa quanto o cara seja cuidadoso o celular sempre será um problema. Do Orkut o cara simplesmente saí, para evitar recados sem noção, no computador ele tem uma senha para acesso (e um cuidado tremendo de ter um e-mail gratuito que sua namorada nem desconfie que exista e de apagar sempre o histórico depois de checá-lo) e muito cuidado para não estar sempre logado no Google. MSN, outro perigo, sempre muito bem aparado, com uma segunda conta para as periguetes (tomando o cuidado de não ficar registrada no computador). Nem vou falar dos cuidados óbvios tipo evitar arranhões, chupões, marcas de batom, lembrancinhas esquecidas no carro (que as periguetes fazem questão de esquecer, acreditem, não há o menor problema de memória nisso), se não terminaria escrevendo um livro sobre o chifre nos dias atuais e o objetivo é falar de celular.

Não lhes parece óbvio que para checar suas mensagens de VOZ ou SMS fosse necessária uma senha? Está certo que supomos que um celular seja um aparelho de uso pessoal , mas é gritante que isso não é exatamente um fato nos dias de hoje. Você deixa seu celular de lado e sempre vem um engraçadinho dar uma bizoiada nele. Se sua namorada acessa a caixa postal, pimba, lá estão as mensagens não ouvidas ao alcance da paranóia feminina. Som de que chegou um SMS? É como o tiro da largada. Quem pega o celular primeiro? Ah, sua namorada não é assim? Acredita mesmo nisso, amigão? Ela pode não correr pra pegar seu aparelho mas certamente virá com a clássica, e despretensiosa, pergunta “Quem era?”.

Poxa, os celulares de hoje só faltam falar (ah, vocês entenderam), e não tem acesso limitado por senha? Olhe só esse caso que o Cardoso postou no Meio-Bit:

“Já falamos de bugs idiotas, como o Android, que interpreta todos os textos como comandos, mas o campeão é um bug inexistente, inventado por um futuro ex-marido criativo, dono de um iPhone.

O causo apareceu nesta thread nos fóruns de suporte da Apple. Uma dona pediu ajuda aos membros para comprovar a existência de uma falha no iPhone.

Tudo começou quando ela pegou o telefone do marido, e descobriu uma foto muito cabeluda, anexada a um email enviado para uma (outra) mulher.

A foto, nas palavras da esposa, era… como direi… o marido, em momento de auto-gratificação, no auge da mesma. Money shot, como dizem em gíria pornô.
Ela perguntou o que significava aquilo. O marido admitiu ter tirado a foto (d´oh!) mas disse que não mandou para ninguém. Alegou que foi em uma Apple Store, conversou com o suporte, e explicaram havia um bug no iPhone que escolhia fotos aleatórias, anexava em emails, colocava no folder “Enviados” mas não enviava.

Os membros do fórum caíram em cima, mas a cereja do bolo é que no meio das respostas surgiram dois novatos, registrados depois da mensagem dela, confirmando a existência do “bug”.

O consenso é que são perfis fakes do marido, que para piorar ainda tinha ligações no meio da noite e outros emails comprometedores.

Não é a primeira vez que vejo alguém se dar mal por causa de telefone, mas é a campeão de cara-de-pau, no melhor estilo medida desesperada, vai que cola.
Eu tenho pra mim que não cola.”

Mais um que se fodeu por causa da tecnologia e da burrice. Guardar o telefone de Cláudia como Cláudio, Luiza como LZ design ou, em alguns casos mais graves, ter um segundo telefone ainda é a melhor saída. Ou rezar para aparecer um celular para os gaieiros profissionais.

Nenhum comentário: