quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mulher é uma racinha difícil de agradar

Universo Geek

Se eu fosse mulher, além de ser feia como o cão, pensaria duas vezes antes de criar problemas por meu namorado/marido/fica/bimba-amiga estar jogando videogame na casa de amigos. Trata-se de um raciocínio muito, muito simples: é melhor ele estar ali, em um ambiente livre de mulheres (infelizmente), arrodeado de outros viciados em Winning Eleven (por exemplo), do que em um bar enchendo a caveira com a maledita cana e olhando para todo rabo de saia que passa.

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Mas se para mim isso parece um raciocínio simples para elas parece ser de uma dificuldade hercúlea. Elas simplesmente não conseguem ver os benefícios do videogame na vida de um homem. Meninas, observem o gráfico abaixo que eu descaradamente roubei do Capinaremos.

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Ele tem um fundo de verdade, sabiam?

No fundo acho que o problema não está em você estar jogando videogame, pelada ou no boteco com os amigos. A questão ali é  ela exercer seu poder de impor sua vontade, seu direito inexorável a reclamar, e sua capacidade de ficar de mimimi por horas a fio por qualquer motivo e, em último caso, justificar um motivo de utilizar a maior e mais poderosa arma de dominação mental: a greve de sexo. Não é uma coisa racional. É atávico. Elas não conseguem segurar. É mais forte que elas. Se você insistir, entre berros e soluços ela vai lhe dizer com um biquinho e carinha de choro que “você me troca por uma videogame, você é infantil e egoísta”. Nessa hora você tem de ser forte. Não pode vacilar.

Se você se compadecer de toda aquela interpretação, se ela apenas perceber em seus olhos uma fagulha de arrependimento… tudo está perdido. Ela entrou na sua mente. Não deixe. Pense em como vai distribuir seu time em campo, como vai colocar Kaká mais na frente, pense em todo esforço que você tem que fazer pra não escolher a seleção brasileira. Pense na enfiada que vai dar em seus amigos, ganhando algumas partidas de 5x0 e dando uma volta olímpica em volta do centro da sala. Pense no “CHUPAAAAA!” que você vai fazer para aquele seu colega pentelho quando conseguir fazer um gol de falta. Pense em tudo isso e desvie o olhar.

Lembro de um fato que ocorreu enquanto jogávamos lá em casa.

- E aí!
- Fala animal!
- Pô, oito pessoas? Hoje o negócio vai ser bom!
- Hoje vai ser campeonato, vão tirando o time que vou buscar a cerva.
- Amor – você vai ficar jogando até que horas?
- Não sei, paixão, acho que um bocado.
- Mas amor, você vai passar o sábado todo aí. E eu?
- Ah amor, fica aí conversando com o pessoal vai, você que quis vir.

E o jogo começou. A namorada desse meu amigo olhava pra nós como se fossemos os maiores raparigueiros do mundo, os ladrões de namorado, os escrotos. Passou ao menos uma hora botando gosto ruim, resmungando e de cara feia. Ele por seu lado nem dava tchuns a ela. Quando eu vi que ela ia explodir era vez dele de jogar. Em um lance de mestre ele virou pra ela e disse “Amor, se eu ganhar vou comemorar minha vitória lhe dando o cartão de crédito para você ir ao shopping!”. Era a hora certa.

Ninguém, digo, ninguém nunca torceu e vibrou como ela. Parecia dia de final. No fim do jogo, empatado, meu amigo avançava pela direita com Ronaldinho, resultado de uma linda enfiada, quando sozinho de frente pro gol, chutou na trave. Nem teve tempo de de gritar uma sonoro “caceta”. Levou um tapão na cabeça que quase cai da cadeira. Atônitos olhamos todos para a namorada dele que, furiosa, largou “Sozinho, de frente pro gol e você perde essa bosta desse gol?!?! Você é DOIDO!”.

É, parece que mulher não é exatamente um bicho complicado de agradar… basta você não perder o gol feito e honrar sua promessa.

2 comentários:

Lilu Antunes disse...

Eden, como esposa de viciado em videogame que você conhece bem, gostaria de deixar minha declaração de que eu sou excessão entre o mulheriu repressor. Acredito que o videogame faz bem pra saúde do maridão, sim! É uma boa forma de deixar o stress de lado, manter o bom humor. E, com certeza, é melhor ele viciado em videogame que em cachaça! Concordo contigo neste ponto. Kiss. Taciana

Eden Wiedemann disse...

Confesso que fiquei honrado com a visita de tão ilustre, e ocupada, publicitária!

Beijos imensos Taci.