Vou malhar...

Amanhã estou voltando a academia. Quem me conhece sabe que já não era sem tempo. Estou, como posso dizer, com uma bela de uma cinturinha de ovo. Já está naquele estado onde a velha e clássica desculpa de que a barriga é na verdade um calo sexual não cola mais.

Lá vou eu pra aulas de RPM, Body Combat, Body Pump e vários outros Bodys que existem por lá. É, queridos leitores, eu farei ginástica. Eu sei, eu sei. Também nunca me imaginei numa aula dessas. Na verdade ainda não consigo me imaginar. O estilo Eden de ser me leva a crer que tentar me movimentar em harmonia com o resto da turma deve ser algo quase tão complicado quanto cantar parabéns pra você mantendo o ritmo. Mas, por outro lado, com aquela quantidade de mulheres gostosas sempre vou ter uma boa desculpa para não conseguir me concentrar e acertar toda aquela lenga-lenga. Mas eu vou tentar.

E o motivo disso é fugir do estigma de que quando malho me torno um clone do Cardinot. É de lascar. O cara se mata na academia e fica parecendo um frigobar: baixinho, entroncado e quadradinho. Sei que se me dedicasse mais aos exercícios aeróbico as coisas poderiam ser diferentes mas pra qualquer pessoa que já fez trilha de bicicleta ficar 1h pedalando sem sair do lugar parece um imenso desproposito. E a esteira? Essa então nem se fala. Além de chata ainda me mata de vergonha. Eu estou lá, nos meus 6 a 7km/h quando vem um Zé Ruela qualquer e mete ali 13km/h. Eu me esbaforindo e ele assistindo a novela enquanto corre como quem foge da sogra. Óbvio que não dá pra deixar por menos. Você faz aquela cara de quem só estava esquentando e vai, cautelosamente, aumentando a velocidade. Em segundos você está correndo a. PASMEM, 13km/h. Em segundos você está agarrado na esteira, tentando se manter em pé, sem fôlego nem para diminuir aquela porra. Ainda bem que existe o botão vermelho.

Já pegar peso é diferente, é uma coisa mais introspectiva. Ali sou eu contra meus músculos (e hoje em dia contra minha idade). Eu chego, faço todas minhas repetições e vou pra casa satisfeito. O negócio é só estudar o peso certo pra não ter que agüentar um viado malhado lhe oferecendo um “toque” e roçando a peia quase na sua cara. Malhou, foi pra casa. Simples. Ou deveria se eu não fosse ficando parecendo um goiamum, sem pescoço e quadradinho. Sério, dessa vez vai ser diferente. Vou freqüentar todas essas aulas de ginástica. Vou realizar este sacrifício tremendo. Nada a ver com o monte de gostosinhas que ficam ali, de roupinhas coladas, subindo e descendo, indo e vindo... (nota mental: lembrar de usar cuecas justas, muito justas e calção folgado).

E, pra coroar, vou voltar ao pedal. Isso mesmo: VOU VOLTAR A FAZER TRILHAS. Claro que não vou voltar fazendo as trilhas pesadas logo de cara. Pretendo começar pelas menores, mais leves, entre 20 a 30km e sem muitas subidas. E aí, quem topa ir pedalar?