Filmes que vi e recomendo

E minhas resenhas cinematográficas estão FINALMENTE de volta!!! Pois é, depois de um tempo fazendo umas resenhas super completas dos filmes que assistia eu parei... parei porque o objetivo das resenhas era não só dar minha opinião sobre os filmes que via mas também gerar algum tipo de debate a respeito deles, coisa que não estava acontecendo.

Das duas uma, ou todos os 12 leitores que tinha naquela época concordavam com o que eu estava dizendo ou eram preguiçosos demais para gerar algum debate (gosto de pensar que se trata da primeira hipótese mas não apostaria nela!). Bom, crise de ego de lado, vi dois filmes que achei merecer uma resenha, talvez não tão completas como as que fazia, mas sem dúvida mereciam ser citados.

Let the right one in
Sou enfático em dizer que este filme mais que merece a nota 8.7 que recebeu do IMDB. Eu, sinceramente, considero a melhor surpresa que tive nos últimos meses.


O filme noruegues - sim, a Noruega produz filmes, cujo título original é Låt den rätte komma in, é tá difícil de ser enquadrado em alguma categoria. A história, contada de uma forma fabulosa - que remete demais ao estilo de Guilhermo Del Toro (O labirinto do fauno), flerta com drama, romance, terror e fantasia.

No filme Oskar, um garoto de 12 anos, é continuamente perseguido pelos valentões da escola,sendo provocado e apanhando com frequência. Um belo dia, ou melhor, noite, seus vizinhos, um Sr. e uma menina, se mudam para o apartamento ao lado. Oskar, tímido e retraído, faz amizade com a estranha menina, tão isolada quanto ele, fazendo com que sua vida mude completamente, tomando um rumo que nunca imaginou.

Tentei escrever o texto acima sem colocar nenhum Spoiler mas observem que adicionando uma linha ao texto eu posso transformar ele na sinopse de um filme de terror, drama, romance ou fantasia sem maiores problemas... mas não posso para não estragar a surpresa (que vai ser desfeita se você ler qualquer outra sinopse em qualquer outro site).

O que importa é que o filme é fantástico. Tudo ali está na medida. A fotografia, a direção, a interpretação. Os diálogos são simples e reais demais, os efeitos especiais são parcos mas muito bem produzidos e perfeitamente utilizados. A mitologia que envolve os personagens foi utilizada de forma consciente e fiel, me agradando por completo. Como era de se esperar não se trata de um filme de ação (apesar de ter lá os seus momentos) mas nunca se torna monótono ou cansativo.

O que mais me encantou no roteiro e direção foi que nós não somos tratados como gado, como burrinhos que precisam de explicações, porquês e detalhes. O filme nos priva disso, nos fazendo pensar, deixando lacunas facilmente preenchidas, sem se perder em explicações desnecessárias.

recomendo DEMAIS.

O bom, o mau e o esquisito
Você consegue imaginar um Western Coreano? Não? Eu também não conseguia... agora acho que é um dos mais divertidos que já vi. O filme tem muita ação, tiros até não poder mais, explosões e uma boa dose de um humor leve e eficiente, seguindo a linha de Stephen Chow (Kung Fu Hustle). Merecia uma nota melhor que o 7.8 que recebeu no IMDB.


O premiado filme se passa na década de 30, numa Coreia sem lei. Entre bandidos, salteadores e o exercito japonês, um caçador de recompensa persegue o maior assassino de seu tempo que por sua vez está no encalço de um mapa do tesouro que por engano terminou nas mãos de um esquisito bandoleiro (UFA!). Apesar de confusa a história se desenrola de forma fantástica, deixando-nos presos.

A direção e a fotografia arrasam, as cenas de ação não devem nada aos blockbusters americanos. Não é a toa que esse filme teve tão boa bilheteria na Ásia.

Observem a trilha enquanto Park Do cruza o exercito japonês, montado em seu cavalo, disparando seu rifle e girando-o entre os dedos, mandando chumbo pra todo lado. FODÁSTICO DEMAIS DA CONTA.