domingo, 11 de janeiro de 2009

Teremos o presidente que merecemos? A pergunta que vai gerar debates inflamados.

Observe o “currículo” de Dilma Russef, postado por Marcelo Del Debbio no Sedentário, num post onde ele questiona se teremos a pachorra de permitir que ela seja empossada presidente da república por imposição da politica populista e hipócrita do nosso presidente da república.

curriculum-vitae-dilma-roussef

Esse documento (que apesar de apresentar fatos comprovados pode até ser falsificado), segundo alguns comentários, teria sido, de alguma forma, conseguido junto ao arquivo do Dops.

O que para mim parece uma forma legítima de Marcelo demonstrar um dos motivos de não querer a nossa ministra como presidente para alguns pareceu o maior descalabro. Segundo eles Marcelo agiu de má fé, utilizando um golpe baixo para criar uma polêmica direitista a respeito de uma lutadora contra o sistema, uma heroína da luta contra a ditadura. Nos comentários do post (que agora já são mais de 177), que podem acompanhar lá e estão crescendo a cada momento, diversos internautas desfiam acusações a Marcelo e ao Sedentário, muitos deles dizendo que nunca mais irão acessar o blog por conta disso. Já vão tarde.

Utilizar a luta contra a ditadura como justificativa para tentativas de assassinatos e assaltos é, em minha modesta opinião, uma grande hipocrisia. Alegar que os fins justificam os meios e que desta forma todos os crimes cometidos devem ser justificados é quase tão imbecil quanto chamar Chê ou Lampião de herói. Sair em defesa cega desta senhora prova apenas total e absoluta falta de imparcialidade, mostrando uma clara tendência pseudocabeçoide esquerdista, burra, tacanha, capenga e tapada. É, infelizmente, como os xiitas petistas agem. Alegam sempre que os outros faziam e que, logo, o PT também pode fazer. “Sempre houve roubalheira e corrupção”, “O mensalão já existia no governo de Fernando Henrique”, “Medidas provisórias não foram criadas pelo governo Lula”.

Vemos, acompanhando os comentários, que alguns leitores criticam a comparação da compra de deputados com a censura e tortura impostas pela ditadura. Não se compara, concordo. Contudo ambos são crimes e deveriam ser tratados como tal. Quem comete um crime é criminoso, independente do teor do crime cometido. Levam a discussão para luta de classes, creditam o post a uma posição anti-PT, alegam que o post foi escrito por alguém que desconhece a barbárie da época. Enfim, desvirtuam a discussão e nem comentam a parte realmente importante do post.

A questão é quando se está de fora é muito fácil criticar, agredir, pedir mudanças e acreditar que todo erro em prol da causa é, de forma distorcida, uma acerto. É muito fácil se dizer puro nas intenções e ideias, é muito fácil pregar a igualdade quando você mesmo não tem o que dividir, só tendo a ganhar com redistribuição do poder.

Uma vez no poder as coisas ficam diferentes. A oposição já não parece tão necessária para a manutenção do estado democrático e deve ser COMPRADA. As críticas já não são construtivas e devem ser caladas sob ameaças. O poder deve a qualquer custo se perpetuar.

O PT se mostrou uma fraude, mostrou que sua luta nunca foi a favor do povo e sim a favor de si mesmo. Mostrou que seus métodos e estratégias em nada diferem daqueles a quem sempre combateram. Compradores não mudaram de nomes, ainda são os mesmo. Mudou apenas o destino do dinheiro escuso que ajuda na manutenção “status quo”, que segue indo para o bolso da direita hipócrita, que um dia foi esquerda e oposição.

Dilma será apenas mais do mesmo, apenas uma forma de Lula ganhar seu tão sonhado terceiro, e quem sabe quarto, mandato como um titereiro, seguindo como homem mais poderoso, e caro, do país. Pior que isso, teremos uma mulher responsável por crimes – e não me venham com mimimis sobre os tempos da ditadura – a frente do cargo de maior importância de nossa pseudodemocracia. Gemam, chorem, gritem e esperneiem sobre todo o mal causado pelos militares durante os tempos da ditadura, reclame de minha posição, critiquem meu ponto de vista. Não me importa. Não ligo. É para isso que este espaço serve, para falar sobre o que EU acredito. E é nisso que EU acredito. Acredito que não é a situação que faz o ladrão. Nunca concordaria com os métodos utilizados pelos militares mas também não concordo com o mérito de nossa ministra como figura ilustre da luta armada. Não gostou? Não vai mais ler o que escrevo? Já vai tarde. Os salsinhas podem se manifestar a vontade, é um direito deles. Como é meu direito ignorá-los.

Marcelo Del Debbio, saiba que sou cada dia mais seu fã.

6 comentários:

Anônimo disse...

E o mundo continua perdido! Uma lástima!

=*

Anônimo disse...

Pois é, não gostei. Desassinando o feed, já vou tarde mesmo.

Tanto você quanto Marcelo falam dos comentarias que defendem Dilma: "clara tendência pseudocabeçoide esquerdista, burra, tacanha, capenga e tapada".

Acontece que nem vc, muito menos o Marcelo, estavam presentes para poder julgar a Dilma. Assim como neguinho não pode defende-la cegamente, vcs não podem acusa-la cegamente.

É o roto falando do rasgado.

Eden Wiedemann disse...

Acontece, caro "anônimo" que não sou eu quem a julgo, são os atos por ela cometidos. Estão ali, relacionados e confirmados pela própria - afinal ela não foge de sua biografia, o que considero uma atitude corajosa ou de viés político (mas mais uma vez me abstenho do julgamento).

Como disse no POST, independente da "situação" ela os cometeu e é uma criminosa. Existem atenuantes? Talvez, mas eles não mudam o fato de que é verdade é que Marcelo tem TOTAL direito de divulgá-los para defender seu ponto de vista.

Seu comentário só reforça minha posição de que cabeçoides esquerdistas levam tudo para o lado pessoal, assumindo críticas e oposição como ofensa.

Releia, se ainda for passar por aqui, o post de forma isenta é verá que defendo o direito de Marcelo de utilizar uma informação verídica para validar o ponto de vista DELE.

Eu particularmente não tenho nada contra essa senhora, que para mim nem fede nem cheira, mas estou longe de concordar com o que o PT e nosso presidente se tornaram ao chegar ao poder. Defendo que um erro não justifica o outro e que não podemos fazer vista grossa aos erros daqueles a quem apoiamos.

Atitudes como essa, de verdadeiros timinhos envolvendo partidos e políticos, reforçam ainda mais minha visão sobre essa pseudo democracia em que vivemos.

E por acreditar, ainda que a duras penas, na democracia (a verdadeira) que digo que fique a vontade para ir e não mais vir, afinal se posições distintas das suas lhe incomodam tanto talvez esse realmente não seja o lugar certo para você. Obrigado por ter acompanhado o blog até então.

Anônimo disse...

Exato: o Marcelo e vc tem o seu ponto de vista, eu tenho o meu.
Não chamo ninguém da direita (ou da esquerda) de burro, capenga ou tapado.

Por mais que no comentário acima vc nos diga que apenas defende o direito do Marcelo ter sua opinião (concordo! esse direito é de todo ser vivente), vc nos apresenta a sua - e de forma grosseira.

Em tempo: não sou um cabeçoide esquerdista e não levei pro lado pessoal. Não votarei em Dilma por "n" motivos, aliás.

Mas o problema é não correr atrás da informação pra opinar. Vc botou Che (sem acento) e Lampião num mesmo balaio. Não sabe quais são os reais crimes de Dilma, apenas apresenta a ficha do DOPS. Meu pai era fichado também, sabia? Ele era um conspirador e terrorista, só por ser do DCE.

A Anistia veio não só como forma de botar um fim na perseguição política, como também como forma de corrigir acusações levianas e infundadas como essas de meu pai e talvez as de Dilma.
Se fosse realmente culpada, pode ter certeza que teria sido punida e não martirizada. A cadeia funcionava muito bem durante a ditadura.

Ah! Em tempo: leia a biografia de Che. Vai gostar. ;)
Fui.

Eden Wiedemann disse...

E lá vamos nós...

Anônimo, eu não me inflamei contra todo petista. Me inflamei contra aqueles que julgam que o PT está acima de tudo e de todos.

Sim, coloco Che (agora sem acento) e Lampião no mesmo balaio, ou você não sabia que no interior do nordeste Lampião é considerado por muitos como herói? Os dois eram sanguinários e a biografia dos dois mostra isso (ambas foram lidas por este ser que lhe escreve) apesar de muitos negarem esse "mero detalhe" da história dos dois.

Quanto a ficha de Dilma ela mesma assume os crimes relacionados como reais. Não defendo a ditadura, tive parentes fichados (um tio que foi preso por ser filósofo e ter o péssimo hábito de encapar os livros com a cor vermelha). Apenas acho que não se pode justificar um erro com outr. Contudo concordo com Del Debbio quando ele diz que Dilma e sua gangue não lutaram pela democracia. Eles queriam a mesma democracia imposta na China, Coreia e Cuba.

Quem lutou pela democracia foram Tancredo Neves, Ulisses e até o próprio Lula.

Quanto a forma "grosseira", bom, realmente não consigo ver grosseria no texto. Apenas estou acostumado com a celeuma que esse assunto cria e o resultado raramente é um debate engradecedor ou esclarecedor por parte dos xiitas. E não falo de petistas, falo de todo e qualquer TACANHO. Nesse caso acreditei que os petistas se manifestariam e os alertei logo que não estou comprando uma briga e sim dando minha SINCERA opinião. Que inclusive pode mudar se alguém se der ao trabalho de me apresentar algo novo e que contribua para isso.

Unknown disse...

Importante notar, todos os principais "guerrihleiros" e "subversivos" da época fizeram curso em cuba, financiado pelo ouro de moscou. Logo, quando se diz luta contra a ditadura, era uma luta para se fazer uma revolução comunista, e não para restaurar uma democracia.

Este pequeno detalhe faz toda a diferença.