Box Cinemas, vão tomar no centro do oiti!

Bom, admito que depois do advento dos torrents ir ao cinema tem se tornado cada vez mais raro. Sei que os puristas defendem com unhas e dentes que ir ao cinema é muito mais que assistir a um filme, é uma experiência. Eu ainda vou ao cinema... apesar de contar em casa com uma estrutura que me permite ver filmes com excelente qualidade de som e imagem, tem alguns filmes que queremos mesmo ver na telona. Se resume a isso, tela grande e som estrondando - porquê não pago R$ 7,00 num pacote de pipoca nem muito menos curto ficar em pé em filas ou ouvir gritinhos, conversas e telefones tocando.

Num dos raros casos que resolvo ir ao cinema... PIMBA, dá merda. Neste sábado resolvemos levar Filipe para ver Madagascar, um dos presentes por ele ter passado de ano. Lá vamos nós, família completa, 6 ingressos, toda a confusão que envolve um cinema lotado e, finalmente, todos acomodados na fileira do meio. Para agradar ao redondinho pegamos um filme dublado, o que já me deixou um tanto abusado. Mas vamos lá, pelo filho, vale, né? A paciência já não estava lá muito boa quando as crianças começaram a conversar com os pais... ah, meu ovo, filme dublado. Mas o pior estava por vir...

Cinco minutos depois do início do filme, após a queda do avião - isso não é SPOILER! - a tela ficou toda embaçada. Bom, naturalmente achamos que se tratava de um efeito, pra demonstrar a confusão da queda ou algo assim... que durou por longos 5 minutos.

Cacete - pensei - esse puto do cara da projeção não está na sala e o filme perdeu o foco. OLHA O FOCO!!!!! Eu fui o primeiro a gritar. Era só o que a galera estava esperando. O levante começou. Apesar de gritarmos por quase dois minutos nada de solução. Chato como sou eu saí do cinema e, do lado de fora, aos gritos, avisei que o filme estava fora de foco. Confesso que não economizei nos palavrões. Foram tantos que deixariam qualquer puta da baixada corada. O público que estava no hall parou para tentar entender o porque da confusão. O funcionário do cinema saiu correndo, catando cavaco, em direção as salas de projeção. Três minutos depois volta com o famoso "já foi resolvido, sr.". Certo, o foco voltou, e os 10 minutos de filme que perdemos? Vão voltar? Não, sr., não podemos.

COMASSIMBIAL? Porra, mas perdemos DEZ MINUTOS! Ah, se o sr. quiser ver terá de ser assim, sr. RATOMANOCU! Pronto, estourei. Voltei pra sala e avisei que não iam voltar o filme e que EU estava indo embora, pedir meu dinheiro de volta. Das 300 pessoas que estavam na sala apenas 22 sairam.

Cadê o gerente? na certa fazendo a mesma coisa que o responsável pela projeção, tocando siribunda no banheiro. Alguns gritos depois apareceu a assistente da gerência dizendo que não entendia essa confusão toda por causa de 30s sem foco. 30s? 30s?! Mais um levante e ela concordou em devolver o dinheiro... contanto que apresentassemos o controle do ingresso - aquela parte que destacam na entrada e que, invariavelmente, jogamos fora no primeiro lixeiro. Ah, deu certo não. Baixou a pombagira em Taty e ela come;cou a gritar. "CARALHO, EU QUERO MEU DINHEIRO. E AGORA!". Nessa hora eu acho que até quem estava na fila pra comprar ingresso pensou em dar o dinheiro a ela. Recebemos o dinheiro e fomos embora.

Sério, brasileiro é muito otário, muito babaca. Se umas 60 pessoas tivessem ameaçado ir embora eles tinham voltado a porra do filme... mas apenas 22... O lado bom é que todo mundo que pagou meia disse ter pago inteira e recebeu o extra pra pagar o estacionamento.

Eu já disse a Filipinho: Madagascar agora só em CASA!