terça-feira, 9 de setembro de 2008

Hoje eu pedi desculpas

Legal essa sensação de liberdade e tranqüilidade que o ato de reconhecer um erro e nos desculpar-nos por ele nos proporciona. Digamos que eu não costumo ter acesso a essa sensação com freqüência (pedir desculpas é uma coisinha complicada). Hoje, no entanto, resolvi pedir desculpas a um velho amigo e mentor por um erro que vinha cometendo a mais de 3 anos. Hoje me desculpei por ter sido omisso e por ter julgado-o confiando apenas na palavra de um terceiro, esse sim um verdadeiro filho de uma puta.

Para pedir desculpas você precisa estar ali, despido de seu orgulho (pedidos de desculpa e orgulho certamente não combinam), sabendo que corre um sério risco de NÃO ser desculpado. Mas, a bem da verdade, se seu arrependimento é de coração você está pouco se lixando para o orgulho... ou para o não. Você precisa fazer. E faz. Eu fiz.

A cerca de três anos atrás dei ouvido a uma alma sebosa, escutei apenas o lado dela da história (que sabiamente conseguiu fazer com que eu me sentisse atacado por esse velho amigo enquanto contava sua versão dos fatos), e, sem se quer considerar a veracidade do que era dito, aceitei como verdade. Fui omisso. Não busquei a verdade dos fatos. Julguei um amigo por uma versão distorcida dos fatos.

O resultado? Perdi três anos de contato com esse amigo. Passei três anos próximo a essa alma sebosa. Minha vida regrediu (profissional e financeiramente) até o ponto que tive que me afastar desse encosto. Aí sim você entende o que aconteceu, aí você percebe que é apenas mais um otário no rol de babacas que já caíram na conversa dele, aí você percebe que foi injusto com muita gente, que deixou passar muita oportunidade, que errou demais. Culpa da alma sebosa? Não, culpa minha.

Eu que fui egoísta e comodista. Preferi dar credito ao encosto porque naquele momento me pareceu melhor para mim. Me pareceu mais fácil, as coisas eram mais próximas do que eu queria ouvir. Meu comodismo me fez achar tudo bonito. Quando fui notar a cabecinha já tinha passado, só me restavam as bolas batendo na bunda.

Mas estou me sentindo melhor. Eu pedi desculpas. Reconheci meu erro e quero a maior distância possível da alma sebosa. Não sei até que ponto o perdão foi sincero mas só o fato de ter sido homem o suficiente para ir lá e dizer “EU ERREI” já me fez muito bem. No mais desejo todo sucesso a Ivanildo Holanda e espero, de verdade, que ele tenha acreditado no meu arrependimento.

PS. Marcinho, você certamente tomou a decisão mais acertada de sua vida. Se não tivesse sido assim hoje você estaria arrodeado de mais bandidos do que o carcereiro do Anibal Bruno.

3 comentários:

Marcel disse...

você definitivamente dá o boga.

Madureira disse...

Porra cara, emocionante isso, agora tenho certeza que tu da próxima vez que a gente for pra asinha vai estar pronto pra dizer: "Thiago e Marcel, desculpem por esses anos todos, eu estava errado em TODAS as discussões que tivemos!! Uma rodada de asinha por minha conta por causa disso!!!!!"

Snif :)

Eden Wiedemann disse...

Rapaz, se for pedir desculpa a vocês dois vai ser assim:

Marcel, desculpa por todas as vezes eu chamei você de feio. Você não é feio, você feio pra caralho.

Madureira, desculpa por ter empurrado você para fora do carro com os pés e não ter lhe entregue seu sanduba.

Dois viados.