quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Conteúdo, pirataria, direitos autorais, marketing e novas mídias.

Acredito que o título tenha ficado, como diria, pouco revelador mas vocês vão entender o porquê.

A alguns meses atrás o Monty Phyton (o melhor grupo humorístico de todos os tempo) criou um canal no youtube. Segundo a divertida linha de raciocínio do grupo eles cansaram de ver seus vídeos serem replicados com péssima qualidade, cansaram de brigar para tirá-los do ar e aderiram a máxima de que “se não se pode vencê-los, junte-se a eles!”. Para divulgar o canal eles lançaram o divertido vídeo abaixo, cínico como tudo que sempre fizeram.

A relevância do lançamento do canal do Monty Phyton é tremenda. Não só ponto de vista cultural, dando acesso autorizado a algumas das melhores esquetes de humor já produzidas e cenas dos filmes mais divertidos de todos os tempos, mas também de marketing.

A ideia é simples. Se hoje já não produzem mais material como um grupo (alguns deles são roteiristas, escritores e atores em atividade) como gerar rendimentos do material que foi produzido? Royalties? De quê exatamente se as esquetes criadas já não são apresentadas na TV e seus filmes, para os tacanhos diretores de programação, já não tem espaço? Como fazer para ganhar dinheiro com essa fantástica obra que, queira ou não queira, vem sendo publicada ilegalmente em sites como o Youtube sem gerar nenhum tipo de renda para seus criadores?

Então, safos e bem orientados como sempre, o grupo tomou a atitude mais lógica que podiam tomar. Criaram o canal no Youtube para propiciar as novas gerações conhecimento a respeito de sua obra e, com isso, vender DVDs e downloads!!!! Uma jogada de comercial de mestre dos mestres do humor.

Não adianta ficar batendo de frente com os internautas. A internet tem em si algo de rebelde, anárquico e contestador. São milhares de pessoas utilizando seu “anonimato” para praticar alguns atos que mesmo que perante a lei seja crime para eles, usuários, é perfeitamente normal. Então aqueles que detém os direitos autorais e as propriedades intelectuais perdem tempo e dinheiro tentando adaptar as leis, derrubar conteúdo, censurar sites – muitas vezes com todo direito – ao invés de buscar outras soluções viáveis para mudar a origem de seu lucro.

Os tempos estão mudando, como mudou quando saímos do escambo para o comércio, como mudou quando surgiram as vendas on-line, como quando surgiu o revolucionário, porém óbvio, conceito da cauda longa. Enquanto alguns tentam segurar o cavalo pelo rabo outros simplesmente o montam. Adivinha quem vai mais longe?

De brinde alguns vídeos do Monty Python para vocês:

Esse vídeo é do filme A vida de Brian. Os caras são DEMAIS.

Esse deu origem ao termo SPAM (que na verdade é um tipo de carne em lata americano, tipo apresuntado) como algo chato e repetitivo.

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