Que eu sou nerd não é nenhum segredo, assim como não é segredo para quem acompanha o blog que eu adoro jogar Guitar Hero e Rock Band. O que para alguns pode parecer apenas um joguinho bobo para mim foi o fim de um trauma que me acompanhou por anos.
Eu sou desafinado. Eu sou fora do tom. Eu não tenho ritmo. Não riam, a coisa é séria. Minha incapacidade musical chega a ser tão pungente que quando começo a cantar parabéns pra você numa festa todo mundo cala a boca e fica olhando para mim com aquela cara de “Ó meu Deus, ele deve ser doentinho”. Já levei até um chute na canela de um aniversariante que não gostou nem um pouco de minha interpretação Está na hora de apagar as velinhas. A dor de levar uma canelada de um guri de 4 anos só não foi maior que a dor que o finado Palhaço Carequinha deve ter sentido ao me ver, lá de cima, assassinar sua querida música.
Quando achava que tudo estava perdido, quando nem cantarolar mais eu tentava – afinal meu filho já me mandava “parar com essa monstruosidade”, eis que surge Guitar Hero em minha vida.
Tudo começou no easy. Confesso que achei meio estranho no começo. Uma nota aqui, meia hora depois outra nota. Eram as primeiras músicas, fáceis, e eu ali, de pé, batendo o pé e balançando a cabeça para não perder o ritmo. Aí veio o nível médio e eu me salvei. Sim, sim, caros amigos, Guitar Hero está para meu ego assim como a Zona do Baixo Meretrício está para a virgindade dos tímidos.
Tocando riff alucinantes, encarando músicas do Metallica, Santana, Weeze, Guns, e, finalmente, percebendo que eu conseguia manter algum ritmo. Jogando no hard eu consegui acreditar que tinha 8 dedos em cada mão. Aprendi que sacudir a cabeça pra cima e pra baixo não dá só uma tontura desgraçada e uma dor de cabeça imensa mas também é muito style. Naquele momento achei que “minha” música podia até me fazer comer alguém… é, tá certo, exagerei… mas, poxa, deixa eu sonhar também, né?
Aí veio Rock Band e descobri que eu também podia cantar!!!! Apenas uma música, claro, Creep, do Radiohead, considerada a música mais DOWN de todos os tempos mas que ficou perfeita (carteira de estudante pra mim) na minha interpretação. Cantando e tocando ao mesmo tempo eu vi que o céu era o limite. Eu era um astro. Eu arrasava. Bom, era o que eu pensava até ver meu filho tocar no último nível enquanto conversava no viva voz do telefone com um amiguinho.
Bom, mas traumas e realizações à parte, eu fugi completamente do objetivo do post que era falar sobre o novo game que será lançado pelos estúdios Disney. Segundo eles o tempo das guitarrinhas de plástico com botõezinhos coloridos ficou para trás – junto com meu trauma, yeah! O novo jogo, ainda sem data de nascimento, vai contar com uma guitarra de verdade, com cordas e afins. CARACA! Depois de jogar muito com certeza vai ficar bem mais fácil tentar mandar um riff naquela reunião de amigos sem pagar o mico de ser chamado de playmobil guitarrista. Saquem só o vídeo da bagaça:
A bosta que fico imaginando é que tipo de música Disney vai disponibilizar no jogo. Eu não quero tocar a trilha sonora de High School Musical ou músicas de Hanna Montana.
Enfim, de qualquer forma uma vez lança a tecnologia não vai demorar para podermos nos divertir com os maiores clássicos do Rock tocando nossa “guitarra”.
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