Big Stan

Eu costumo fugir das comédias de humor tipicamente americano. Se não tiver mais nada o que fazer posso até assistir mas, sinceramente, não faz minha cabeça. Aí veio o Frat Pack, grupo de comediantes formado por Ben Stiller, Owen Wilson, Will Ferrell, Vince Vaughn e Steve Carell, e as comédias americanas começaram a mudar. Com um humor ainda grosseiro (mas não tão ofensivo) e muito machista os caras começaram a me fazer rir de verdade. Filmes como O Âncora, Virgem de 40 anos, Quem vai ficar com Polly e muitos outros fazem parte dos projetos do Frat Pack. Eles tem um seleto grupo que chamam de Circulo da Confiança onde estão os parceiros, aqueles atores que se encaixam bem no grupo e que vivem fazendo papeis nos seus filmes. Entre eles temos Rob Schneider, ator de filmes como Gigolô por acidente, Click e Como se fosse a primeira vez. Figura certa e tarimbada em qualquer filme de Adam Sandler, outro amigo do Frat Pack, ele é conhecido por papeis onde interpreta loucos, abilolados e idiotas. Sei que muita gente não gosta dele como comediante e muito menos como ator e talvez este filme possa amenizar um pouco essa opinião.



Big Stan***

Big Stan, EUA, 2007
Duração: 102 min.
Gênero: Comédia
Distribuidora: Imagem Films
Direção: Rob Schneider
Roteiro: Josh Lieb
Elenco: Rob Schneider, David Carradine, Jennifer Morrison

Apesar do plot comum, vigarista que vai parar na prisão e precisa se defender dos detentos, ele aborda a história de forma diferente e bem divertida. Rob é Stan, vigarista imobiliário que engana velhinhas indefesas e é preso por isso. Condenado, ele consegue, com ajuda de um advogado canastrão, 6 meses de liberdade antes de ser recolhido. Assustado com a possibilidade de ter sua região retal explorada de todas as formas possíveis e imagináveis ele resolve se tornar perigoso em apenas seis meses. Para isso conta com o apoio de sua esposa, Mandy, interpretada pela linda Jennifer Morrison, a Dra Cameron de House, mostrando que tem tino pra comédia, e do Mestre, interpretado pelo sempre canastrão (e isso é um elogio) David Carradine.

Rob foge da escatologia e mesmo do pastelão total, trata-se de uma comédia de situação. Situações absurdas, muitas vezes. O seu treinamento, na cama e no campo de treino, os ajustes antes da prisão e sua relação com outros presos, tudo divertidamente bem contado. Rob está diferente, sem aquela cara de louco ou com cabelos desgrenhados. Prova, inclusive, que qualquer um pode fazer cenas decentes de luta com uma boa coreografia. Certamente um de seus melhores filmes – o que os chatos de plantão dirão que não era muito difícil de se fazer. Recomendo para um domingo de chuva.
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